Diversos países, principalmente da Europa, América do Norte e Oceania, têm sido escolhidos por aqueles que desejam aprender o idioma local, estudar o ensino médio ou superior fora do país de origem e, ou, expandir suas experiências profissionais por meio de uma oportunidade de, também, conhecer mundo afora e suas culturas.
Desses destinos todos, Portugal é especial para os brasileiros por não apresentar a barreira de um idioma diferente. Logo, neste caso, a maioria dos intercambistas chega ao país em busca de especializações nas universidades lusitanas e aprimorar o currículo em terras estrangeiras, para o mercado de trabalho.

Foto: Ruas de lisboa | Arquivo Press Abroad
Atrelado a isso, também estão os benefícios de se fazer uma rota mais econômica, em comparação com os demais países europeus. Além das terras portuguesas serem encantadoras, atraentes e oferecerem um verdadeiro passeio histórico e cultural.
Por essas e outras, Daniele Fontoura, professora universitária de 33 anos, optou por Portugal para fazer parte de seu doutorado. A gaúcha, de Esteio, já tinha realizado outras viagens internacionais, passando pela Argentina, onde morou por cinco meses, e o Chile. No entanto, esta foi a primeira vez que a profissional foi à Europa.
Morar em algum país do continente europeu era um sonho antigo e Daniele desembarcou em Lisboa, Portugal, em 2012, com o intuito de passar dez meses para desenvolver seu projeto acadêmico. Seus objetivos eram cursar uma parte do doutorado fora do Brasil, fazendo pesquisas para um estudo comparativo, e aproveitar para conhecer novos lugares, pessoas, outros estilos de vida e aumentar suas vivências pessoais.
Para planejar a viagem, a professora conversou com seus amigos e conhecidos que já tinham passado pela experiência de morar fora do país, principalmente com aqueles que já haviam ido para Portugal. Ela também contou com uma assessoria de pessoas da Escola de Administração da UFRGS, do Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG) e da Universidade de Lisboa.

Foto: Daniele, arquivo pessoal
Daniele conta que havia pensado em outras opções ao redor do mundo, porém, a escolha pela capital portuguesa foi se delineando tanto pelas parcerias acadêmicas que foram se estabelecendo, quanto pela paixão que começou a nutrir pela cidade; “quanto mais lia sobre Lisboa, mais ficava convencida de que era lá onde eu queria morar”, afirma.
Explorar a cidade foi uma das coisas que mais lhe agradou durante a sua estadia. Para ela, a região do Chiado e da Baixa, a freguesia de Santa Catarina, a Madragoa são locais que oferecem muitas surpresas ao caminhante. O ar misterioso e charmoso do lugar, sempre com o Rio Tejo à espreita a deixou apaixonada.
A qualidade de vida e a segurança foram outras questões observadas positivamente pela profissional, como a tranquilidade de andar pelas ruelas da cidade sem se sentir apreensiva com alguma possibilidade de passar por uma situação de risco ou violência. De suas experiências, ela nos dá uma dica de viagem: levar uma bagagem pequena para aproveitar as compras em Lisboa. Apesar do Euro, as roupas e calçados costumam sair mais baratos. Há diversos outlets de produtos de marcas boas e a preços justos.

Foto: Daniele, arquivo pessoal
E quanto a suas impressões, Daniele é só encanto, até nas situações inusitadas em relação ao sotaque e construção das frases, o que faz a diferença na comunicação. “Ao conversar com o senhorio da casa onde eu iria morar, notei que ele falava muito de um tal “DaniEEELLLLL”. Fiquei um pouco confusa até que perguntei quem era o Daniel. Alguém que mora na casa? E ele me olhou sem entender nada. Logo descobri que em Portugal eu deixei de me chamar DaniELE e passei a me chamar DaniEELLL. O Daniel era eu mesma! E nos próximos meses ainda tive que justificar algumas vezes porque eu tinha nome de homem. Depois, ao me apresentar passei a enfatizar o LE. Sou DaniELEEEEEE. Algumas vezes funcionou, mas outros seguiram até o final me chamando de DaniELLLLL”.
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