Chegando na Alemanha, como disse no texto anterior, minha estadia foi na casa da Cris Schneider, a mãe que eu, sem nenhuma cerimônia, tomei por minha. Com ela conheci um pouco mais da história do lugar e fizemos alguns passeios que aos poucos descreverei aqui.
A cidade inicial foi Paderborn, que fica no coração da Alemanha. Possui 1.200 anos e um pouco mais de 145 mil habitantes, espalhados em áreas centrais e rurais. Se caracteriza na combinação de muitas qualidades diferentes e opostas, como antigo e moderno, o sagrado e espiritual.
Como exemplos culturais, a cidade possui a universidade, bibliotecas, escolas de música, exposições e festivais importantes. Já a principal faculdade da cidade, foi fundada em 1614 e é a mais antiga instituição universitária em Westphalia. Mas a cidade ainda possui mais quatro opções para os mais de 15 mil alunos de lá.
Já na parte econômica, não pense que encontrará uma paisagem com arranha-céus e chaminés por lá, mas também não subestime a cidade, pois possuem muitas indústrias especializadas em hardware e software de computador, ferramentas, veículos e autopeças, elevadores, pães, doces, sucos e outros alimentos. Além de empresas como Bentler, Samsung, e a cervejaria própria, a Paderborner Bier.
O que me impressionou, particularmente falando, foi o Kreis Wewelsburg, que com mais de 400 anos, é o único castelo triangular da Alemanha. Ele foi construído no estilo renascentista como uma segunda residência dos príncipes-bispos de Paderborn e foi bombardeado durante o período da segunda guerra, já que agentes da SS se instalaram por lá sendo utilizado como um campo de treinamento paramilitar para os membros da “Juventude Hitlerista”. Fica acima do Vale de Alme sobre a montanha, e possui um museu em seu interior.
Logo na entrada, uma armadura lhe recepciona e um pouco da história é contada pelos caminhos entre as masmorras e outros cômodos, onde se desconfiassem que você era um feiticeiro(a), lhe jogavam lá e lhe torturavam muito. Caso você, suposto feiticeiro, confessasse, o seu destino era a fogueira. (bem justo, não?!)
Expostos também estão, além de muitos documentos, imagens e objetos utilizados na época, como carroças, máquinas de tear, armas, talheres e instrumentos usados nas igrejas católica e protestante para as cerimonias.
O lugar é maravilhoso, surpreendente e exala história, embora um tanto quanto sombrio. O preço da visita varia para acompanhamento com guia de 40€. Caso queira conhecer sem o acompanhamento, esse preço cai para 3 € por pessoa.
E aí, se animou? Então, se quiser conhecer esse lugar pelo qual eu me encantei, acesse os sites do Museu do Castelo de Wewelsburg e da Cidade de Paderborn
*Imagens Reprodução e Arquivo Pessoal