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Paris a noite, foto: Press Abroad

Muitas pessoas decidem fazer um intercâmbio para aprender uma nova língua, mas e quando elas se apaixonam pelo país e não conseguem voltar? Foi o que aconteceu com o Leandro Silva. Um estudante de Relações Internacionais do Macapá, que vivia em Recife, decidiu expandir os horizontes e aterrissou na Europa, precisamente em Poitiers, na França.

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Foto: Arquivo Leandro Silva

Motivado pela simpatia pela língua francesa além da sede de conhecimento que possa agregar às suas pesquisas, o eterno curioso formado pela Faculdade Integrada do Recife, afirma que o processo para a retirada do visto foi complexo e cansativo, embora tenha contato com a ajuda de uma amiga francesa, que morava no Brasil. Além de toda a documentação, ele ainda realizou uma entrevista em uma instituição que ensina francês para brasileiros, para validação dos documentos para a universidade pretendida, a Universidade de Poitiers. O procedimento pré e pós-consulares levou cerca de quatro meses para ser concluído.

Com as passagens compradas e as malas nas mãos, Leandro desembarcou em uma França que vai além da Torre Eiffel. O intercambista conta que pode explorar o país que vai além das cenas de cinema, mas que não perde o charme. A cada rua e biblioteca, um novo universo de sentimentos e palavras se abria e ainda se abre. Ele brinca que a única coisa que o desapontou, foi a grande expectativa de provar um croissant original. Não foi tão bom quanto contaram e ele esperava, no entanto descobre novos e deliciosos sabores, além da obviedade.

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Place des Tertres, foto: Press Abroad

Mesmo depois de quatro anos vivendo na Europa ele continua buscando se adaptar aos costumes tão diferentes dos do Brasil, ao clima e forma de viver. Os amigos brasileiros costumam brincar que ele já é francês, porém, como um estudante das ciências sociais, Leandro ressalta e compreende o pensamento europeu, entendendo-se como um imigrante e vivendo as desvantagens desta posição. Mas ele continua otimista. As expectativas de Leandro foram muito além de um intercâmbio: recentemente o estudante teve seu dossier aceito em uma Universidade de Paris para cursar mestrado em antropologia, podendo assim dar continuidade a seus estudos superiores e seus projetos de pesquisa científica.

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Museu do Louvre, foto: Press Abroad

Amante da leitura, o estudante vê em todas as oportunidades material para sua pesquisa e dá uma dica valiosíssima para os amantes da literatura. É possível encontrar diversas livrarias com acervos incríveis sobre a história da França e do mundo e muitos destes livros fazem parte da coleção de Leandro que enfatiza: “Acredito que eles farão, de certa forma, parte de minha memória, e contarão comigo um pouco dessa viagem, pois cada vez que os abro, sinto o cheiro, me lembro do lugar onde eu os comprei, enfim, eu refaço uma viagem.”

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