Bali – Muito além das praias
O que te vem à mente na hora que você pensa em Bali? Praia, não é? Pois isso era o que eu pensava também. E não ‘tá equivocado. Mas o que muitos não sabem, é das outras maravilhas que essa ilha tem a oferecer. E que maravilhas!!! Vamo’ nesssa!
Por onde você começa seu roteiro, não é tão decisivo. Eu fui pelo lago vulcânico Bratan, no centro da ilha. Uma região tranquila e com clima geralmente bem agradável. Lá, o templo hindu-busditsta de mesmo nome, datado do século 17, é imperdível.
No entanto, uma das melhores coisas pra se fazer em Bali é, com certeza, uma trilha noturna ao topo do Vulcão Batur! Por volta das 3h30 da manhã o guia já ‘tava na porta do nosso hotel, no vilarejo Kintamani, aos pés do vulcão. Equipados com laternas e água, seguimos ao encontro do pequeno grupo. Por ainda estar escuro, você vai subindo, sem muita noção do visual ao seu redor. Eis, que nos últimos metros até o topo da caldeira, com as primeiras luzes do dia, o espetáculo se inicia. E quando o Sol vai dando as caras, então… Só vendo, pra entender a magia (ai, rimou). Passada a euforia, o estômago não perdoa. É hora de cozinhar ovos e bananas nas fontes de calor do próprio vulcão. Durante a descida, é difícil se concentrar na trilha à sua frente. É muita beleza ao redor! O lago abaixo, o vulcão Agung e a ilha Lombok ao fundo… Melhor ir parando por aqui.
Próxima parada: Templo Besakih, o maior e mais famoso de Bali. Além do complexo em si já ser esplêndido, se as nuvens forem generosas, você ainda verá o vulcão Agung ao fundo. Ah! Esqueceu seu sarong em casa? (hahaha). Eles comumente são vendidos ou alugados na entrada dos templos. Eu adoro vestir. Mas se não for o seu caso, fique tranquilo, vai ser só durante a visita de lugares sagrados. Uma canga também já resolve.
Eu aproveitei e dei uma esticada até o Tirga Gangga, o palácio das águas. Só uma parada flash. Até porque aqui pouco tempo basta. É dar uma desfilada completa pelo catwalk, um duplo pivô e seguir à la Naomi Campbell!
Como a maioria, fui bater no sul da ilha. Como perder o pôr do sol em Uluwatu (ai, aqueles macacos safados, só esperando você se distrair, pra darem a Elza nos seus pertences. *Elza = furto), ou contemplar as
ondas quebrando no templo Tanah Lot, ou claro, a vida noturna de Kuta e Seminyak? Para! Fui pro sul, sim! Sem contar que depois da balada, seguir de carona na vespa do Laode pra um boteco onde os outros funcionários do Mixwell Bar também iriam tomar um café-da-manhã reforçado (aquela coisinha light, estilo almoço de domingo), é uma experiência que apenas poucos têm.
Depois de tanta aventura e diversão, o melhor ainda ‘tava por vir. Eu ‘tava a fim de uma certa sofisticação (não vou mentir). Relaxar e tal… Assim planejei meus dias em Ubud, considerada o coração cultural de Bali. Resolvi me dar o luxo e me hospedei em dois dos hotéis maravilhosos no topo dos vários desfiladeiros (em dias diferentes, lógico!) E não me arrenpendi! Escolhi dois diferentes, pois esses hotéís já são verdadeiras atrações. Mais parecem uma simbiose com a natureza,
encravados no verde de Ubud. São geralmente pequenos, com poucas habitações, muita privacidade e tranquilidade. Sim, algo exclusivo, mas que vale a pena. Nem dá vontade de sair do hotel. Mas uma coisa é indispensável: descer um desfiladeiro pra tomar banho de rio; com grande probabilidade de poder desfrutar sozinho dessa maravilha!
Ainda tem um tempinho livre? Então te joga pros arrozais de Tegalalang! Uma parada nesses acurados terraços vai, no mínimo, ser um motivo proeminente no teu álbum de viagem. Ou segue pro templo Goa Lawah, pra contemplar uma caverna recheada de morcegos. E uma última coisa: Cuidado pra não pisar em oferendas. Elas são espalhadas por todas as partes.
Fotos: Arquivo pessoal/Eduardo Xerez
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